Já a fava que estava tradicionalmente dentro do bolo está associada a várias lendas.
Segundo consta, quando os três Reis Magos seguiam a estrela cadente para ir honrar o menino Jesus, discutiram sobre quem devia ser o primeiro a entregar o presente. Pelo caminho encontraram um padeiro que para acabar com o conflito, confecionou um bolo e escondeu uma fava no seu interior. Ao Rei Mago que calhasse a fatia do bolo que continha a fava era o primeiro a entregar o presente. Esta história só peca por não desvendar qual foi o Rei Mago vencedor.
No entanto, há uma explicação mais histórica: os romanos utilizavam a técnica da fava escondida nos banquetes onde era eleito o Rei da Festa. Esta prática terá tido origem num jogo de crianças que consistia em escolher o rei do grupo, tirando-o à sorte com as favas. Terá evoluído posteriormente para os adultos, que passaram a usar as favas para votar nas assembleias.
Para além destas histórias, há mais uma a salientar: há anos atrás, a tradição ditava que os cristãos deveriam comer 12 Bolos-Reis, entre o Natal e o Dia de Reis, festa que muito cedo começou a ser celebrada na corte dos Reis de França. Aliás, este bolo teve origem muito provavelmente neste país, sob o comando de Luís XIV, para as festas de Ano Novo e de Dia de Reis e, mais tarde, adaptado e aprimorado em Portugal.
Com a Revolução Francesa de 1789, este doce foi proibido em França mas como era tão bom e o negócio era tão apetecível, começou a ser comercializado com o nome de Gâteau des San-Cullottes.
Em Portugal, com a instauração da República, também tentaram eliminar este bolo das mesas natalícias mas ele mantém-se um verdadeiro Rei ainda na atualidade.
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