segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ E ABENÇOADO 2013

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo, por sinal, que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso (sem tempero) e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça um joão-de-barro
Porque assim você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga “Isso é meu”,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

(...)
Que sempre exista   amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.


UM FELIZ ANO NOVO!!!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Milagre de Natal

Amo esta época do Ano: Advento e o Natal.
Mas estamos tão preocupados com correria de presentes e guloseimas, que nem percebemos e nem damos conta dos infinitos milagres que estão acontecendo na nossa vida!
Deveriamos nunca perder a Esperança e a Fé como a menina Maria do Conto de Natal!

A  Árvore da  Maria
Maria era uma pobre menina que vivia no interior.
Seu cenário era completamente diferente do ambiente das meninas de sua idade, que moravam na cidade.
Até a bem pouco tempo, as pessoas que moravam no interior, iam à cidade por dois motivos apenas: A feira aos sábados e a missa aos domingos.
E foi num domingo desses que Maria já crescidinha acompanhou pela primeira vez sua mãe para assistir a missa dominical. O dia de Natal se aproximava e as casas da pequena cidade escancaravam portas e janelas no intuito de exibirem suas árvores de Natal.
A pequena Maria que volteava pela cidade agarrada a mão de sua mãe, ficou maravilhada com as coloridas árvores que via a cada porta e janela que seu olhar espichado alcançava.
Em casa, o resto do dia a menina não falava em outra coisa. E queria que a necessitada mãe a qualquer custo montasse uma árvore de Natal para ela. A mãe por mais que desejasse, não tinha condições financeiras para satisfazer a vontade da filha.
O Natal se aproximava, e Maria cada dia ficava mais triste, não queria comer, dormia mal e não tirava a árvore da cabeça. A mãe preocupada já estava pensando em levar sua filha ao médico.
Faltavam dois dias para o Natal, e para surpresa de todos, Maria acordou feliz, tomou café e falou cheia de felicidade que iria ganhar uma árvore de Natal.
A mãe preocupada colocou a mão na testa da menina achando que ela poderia estar com febre e por esse motivo delirava. Maria com palavras firmes falou para a família: Ontem eu sonhei com um anjo que saia do meio das nuvens e me dizia:
Dorme pequena Maria,
Que a mãe do menino Jesus
Vai te ofertar uma árvore
Repleta de cores e de luz.
Véspera de Natal, Maria entrava e saia e se impacientava por não ter a árvore prometida.
A família aflita tentava consolar a criança. De repente diante dos olhos maravilhados da pequena Maria, a promessa do anjo começava a ganhar forma. Ouviu-se o canto do Galo repetidas vezes.
Uma estrela brilhou forte no céu e feito uma estrela cadente se postou no mais alto galho de um pé de mandacaru que tinha na porta de entrada da casa de Maria.
O pé de mandacaru que andava ressequido, como que por milagre ou encanto, apareceu cheios de frutos vermelhos como se fossem bolas de natal.
Em suas flores desabrochadas, beija-flores pairavam num movimento gracioso. Pequenas corujas se instalaram estrategicamente iluminando a árvore que começava a tomar jeito de árvore de Natal. Uma variedade infinita de pássaros saltava de galho em galho.
E para completar o espetáculo, correntes e mais correntes de vagalumes, num pisca-pisca natural, envolviam a mais bela, a mais deslumbrante Árvore Natural de Natal que já se viu na face da Terra.
A estrela que brilhou no céu e se postou no alto da árvore, foi responsável pelo enxame de pessoas que, seguindo aquele clarão, presenciaram o mais belo espétaculo de suas vidas: A Árvore de Natal de Maria.

Conto de Natal publicado no Jornal O Povo de fortaleza