sábado, 31 de agosto de 2013

Medos...


Gosto de crer que tenho mais FÉ do que Mêdos, sei que é pensamento simplório e atitude infantil rsrs, mas prefiro assim...

Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é que a metade do rosto que apanho com a mão seja convencida a partir com a metade do rosto que não alcanço. Meu maior medo é escrever para não pensar.
(trecho de Pais e filhos maridos e esposas II)

Fabrício Carpinejar





sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sentir-se Namorada



Gosto de Ser e Sentir-me NAMORADA!!!

TER OU NÃO TER NAMORADO

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.

Artur da Távola


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Começar de NOVO



Gosto de poemas que falam sobre circunstâncias de nossa vida e em especial amuu os de Martha Medeiros

DE CARA LAVADA

Hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei
e a mesa de jantar onde fizemos planos

o quadro que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos

a tevê e o aparelho de som
foram adquiridos pela vizinha
testemunha do quanto erramos

a cama doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventamos

aquele cinzeiro de cobre
foi de brinde com os cristais
e as plantas que não regamos

coube tudo num caminhão de mudança
até a dor que não soubemos curar
mas que um dia vamos


Martha Medeiros


sábado, 17 de agosto de 2013

PAIXÃO é CEGA


Gosto do AMOR, odeio sentir PAIXÃO rsrsr

“Se você recusou sua rotina, deixou de fazer aquilo que mais gostava em nome de alguém, torrou seus bens, abandonou os amigos e os prazeres mais fundamentais, isso não é amor, é paixão.
A paixão é uma fatalidade, o amor é uma escolha.
A paixão é egoísta, o amor é generoso.
A paixão é renúncia, o amor é recomeço.
A paixão arrebenta, o amor adapta.
A paixão é confinamento, o amor é abrigo.
Não há paixão pequena, paixão simbólica, paixão discreta: é grandiosa no início e escandalosa no final.
Não recomendo, muito menos desaconselho: é experiência para os fortes.
Nada do que viveu antes terá sentido, nada do que possa viver depois terá sentido. Conjugará interminavelmente o presente do indicativo.
Atingirá um extremo emocional perigoso: você passa a ser do outro em tempo integral. Conhecerá sua pior crise de nervos, seu mais fundo estresse emocional, seu mais absurdo esgotamento da memória, sua mais humilhante falência financeira.
Uma vez apaixonado, você rejuvenesce 10 anos em 10 horas. Mas, uma vez desapaixonado, você envelhece 10 anos em 10 horas.
A paixão ou é imensa, ou não é. Ela não pede desculpa, não negocia: equivale a uma dependência química em seu estado mais selvagem.
É o equivalente ao sequestro de uma vida. A própria vida. Você é o sequestrador e o refém ao mesmo tempo.
Não há desconto, adiamentos, pechincha. A paixão exige pagamento à vista, execução sumária.
Nunca vi nenhum apaixonado transferir compromisso para o dia seguinte, ele somente antecipa.
Não é que a paixão seja rápida, é devastadora, não sobra coisa alguma para continuar.
O apaixonado não abre negócios, mas fecha portas. Não areja a cabeça, não tem grandes ideias, não combate preconceitos, emburrece progressivamente, a ponto de só ter um número para ligar e um lugar para ir.
Ele não tem sangue-frio, não raciocina, não elabora planos, não arruma álibis.
A paixão é um crime malfeito, facilmente descoberto.
Os envolvidos desprezam o mundo, não se importam se estão sendo vistos, se beijam em público, se são casados, noivos ou recém-viúvos, se serão criticados pelos vizinhos e familiares.
O apaixonado joga tudo para o alto e não fica para segurar nada.
Ele não tem discernimento, não lê jornal, perde sua capacidade de decidir sobre a trajetória.  Apresenta a superstição de um velho, a intuição de uma criança.
É um idiota sábio. Idiota porque não se defende da tristeza, sábio porque não se protege da alegria.
Não existe mais bom e ruim, certo e errado, esquerda e direita. Não tem sentido julgar. Não tem como se orgulhar do que foi realizado, muito menos se arrepender.
Você muda de personalidade, larga trabalho, descuida da família para se dedicar inteiramente a não pensar e somente sentir.
Não podemos nem dizer se a paixão ajuda ou atrapalha, ela acontece. É uma sorte azarada.”

Fabrício Carpinejar
Publicado no jornal ZERO HORA




domingo, 11 de agosto de 2013

Lembranças do meu pai


pai e filhas 


GOSTO  DE SABER QUE TENHO LEMBRANÇAS, MUITAS LEMBRANÇAS,
    E EM ESPECIAL....
Lembranças do meu pai


Era agosto...
Segundo dia de domingo
Céu azul-clarinho
Sol brilhante, amarelinho
Uma canção ouvia-se pela casa
Do papai entoando versos de carinho

Era agosto...
Segundo domingo, Dia dos Pais
Em casa, era tudo alegria
Presentes eram comprados às escondidas
Escolhidos a dedo e especialmente
Para o papai, naquele dia...

Hoje também é agosto...
Segundo domingo, Dia dos Pais
O céu continua azul-clarinho
O sol brilhante, amarelinho
Mas em lugar daquela canção em versos
Ouço apenas meu soluçar baixinho


E nesse domingo de agosto
Quando sentir a dor da sua ausência
Olharei sua fotografia e o verei sem véus
E não haverá presentes, nem o ouvirei cantarolar versos
Mas sorriremos juntos no encontro da mesma saudade
Quando orarmos juntos o "Pai nosso, que estás no céu..."


Por isso, penso com convicção...
Não importa quem meu pai tenha sido
Sinto sua falta, desde a benção ao simples "oi"
Independente de ter sido um pai perfeito, ou não
Porque nem sempre a perfeição justifica o homem
O que interessa é a minha lembrança de quem ele foi.

Laura Limeira
Recife, 05.08.2004
LauraLimeira@aol.com
Publicado no Portal da Família em 11/08/2007



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

AMO PILATES COM BOLA


 

Gosto muitoooooo de Pilates com Bola, que virou vicío!!!
A aula de Pilates com Bola controla picos de ansiedade e depressão ocasionados pelo estresse do dia a dia. Mais do que um exercício físico, é um exercício mental, que tem como objetivo trabalhar a mente associada ao corpo.
Com a certeza de que os músculos devem ser fortes e flexíveis para se manterem bonitos e saudáveis, o Pilates fortalece os músculos fracos, alonga os músculos que estão encurtados e aumenta a mobilidade das articulações. Movimentos fluentes são feitos sem pressa e com muito controle para evitar estresse. O alinhamento postural é importante em cada exercício, ajudando na melhora da postura global do indivíduo.
Assim, a força, a tonificação e o alongamento são trabalhados de dentro para fora do corpo, tornando-o forte, bonito, saudável, harmonioso e elegante.
Os benefícios do Pilates, associados aos exercícios com a bola, tornam a aula ainda mais divertida e os resultados são rápidos e aparentes, pois, tonifica e define músculos, melhora a flexibilidade e harmoniza as formas do corpo.
No Pilates com a bola, trabalha-se com as camadas mais profundas da musculatura de maneira muito eficaz. A bola permite que a coluna e os glúteos fiquem apoiados, sem interferir na execução ideal dos exercícios, pois é muito comum que os músculos mais fortes "roubem" o direcionamento da força.
Os exercícios são apresentados de forma bem simples, evitando as séries com infinitas repetições. Esse é o aspecto singular do Pilates: as repetições maçantes não existem. Os movimentos são contínuos (em camadas) e o grau de dificuldade é gradativo. Todos esses exercícios requerem muita precisão e concentração. Por isso, exercitam a capacidade de concentração e relaxamento.
A união dos exercícios do Pilates com a bola faz com que essa aula possa ser praticada por pessoas de diferentes níveis de condicionamento, que se recuperam de lesões ou estão em plena forma. Traz benefícios posturais, uma notável melhora no equilíbrio e coordenação, além da satisfação e diversão proporcionadas pela prática.
  • Exercícios suaves e eficazes;
  • Construção de uma postura correta e natural;
  • Alongamento e maior controle corporal;
  • Aumento da flexibilidade, tônus e força muscular;
  • Melhora da coordenação motora;
  • Maior mobilidade das articulações;
  • Estimulação do sistema circulatório e oxigenação do sangue;
  • Facilita a drenagem linfática e eliminação das toxinas;
  • Fortalecimento dos órgãos internos;
  • Alívio das tensões, estresse e dores crônicas;
  • Aumento da concentração;
  • Não há desgaste físico;
  • Aumenta a resistência física e mental;
  • Trabalha a respiração;
  • Promove relaxamento. Enfim, uma DELÍCIA!!!!