segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sandálias


É muito interessante a história do sapato em geral, mas este artigo visa a simplicidade da sandália, cuja construção fácil foi o primeiro calçado feito pelo homem, sucedendo às primitivas peles de animais, enrolados à volta dos pés.
As solas das sandálias das imperatrizes romanas eram feitas de ouro fundido e as tiras que as prendiam brilhavam com incrustações de pedras raras. O efeito obtido era deslumbrante e indiscutivelmente sexual.
Os japoneses tinham sandálias entrançadas chamadas zoris. Os persas e os indianos esculpiam sandálias com solas de madeira.
A maioria dos sapatos revela sempre algo sobre o estatuto social de quem os usa, mas as sandálias têm sido, alternadamente, símbolos de prestigio ou pobreza, castidade ou coqueteria.  Os pobres e os humildes da Idade Média usavam sandálias simples de madeira; os sacerdotes medievais e os frades franciscanos calçavam-nas como sinal de despojamento e desprezo pelas coisas mundanas. Tendo estado fora de moda durante quase mil anos, a sandália regressou na década de 1920. Com a inovação dos saltos, as sandálias voltaram aos tempos gloriosos de outrora.
Só com a chegada de designers como Maud Frizon, Manolo Blahnik e Benis Edwards, nos anos 80, as sandálias de salto alto vieram a recuperar o estatuto perdido, ao adquirirem a sofisticação dos modelos de biqueira fechada e mantendo, ao mesmo tempo, o seu aspecto sensual. Estes designers mostraram-nos que afinal os egipcios tinham razão: uma sandália bem desenhada realça a sensualidade do pé, permitindo à mulher que a usa ser sedutora até à ponta dos dedos.


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